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Motoristas enfrentam filas e preços mais altos em postos
Luciano Cavenagui com Folha de S.Paulo
do Agora
Os postos de combustíveis de São Paulo começaram a ser reabastecidos ontem, mas quem tentou encher o tanque teve de encarar longas filas, de até três horas e meia de espera, além de pagar bem mais caro pelo litro da gasolina ou álcool em muitos estabelecimentos.
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De acordo com o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), apenas 12% dos postos da região metropolitana, aproximadamente, receberam combustíveis ontem, o equivalente a 300 estabelecimentos. Em média, cada posto demorou quatro horas para vender 30 mil litros. A capital possui 2.000 postos.
O comerciante de peças automotivas Paulo Caiado, 46 anos, ficou três horas e meia para conseguir abastecer seu Agile com álcool em um posto na avenida Engenheiro Caetano Álvares, na Casa Verde (zona norte). E pagou mais por isso: R$ 5,99 o litro. Antes da crise, o preço médio do álcool era de R$ 2,40. "Acordei mais cedo e comecei a procurar postos pela região onde moro. Vi uma fila grande e resolvi encarar, não teve jeito. Preciso do carro para trabalhar. Mas vou denunciar o posto. Me deram uma nota no valor que cobraram. É muito abusivo", afirmou Caiado.
Situação semelhante passou o autônomo Antônio Carlos Malaquias, 49 anos. Ele enfrentou três horas para encher o tanque em um posto na Radial Leste, no Tatuapé (zona leste). Pagou R$ 4,59 o litro da gasolina comum. Antes da greve, custava R$ 4, em média. "Peregrinei por diversos postos antes de conseguir achar esse aqui. Infelizmente, alguns se aproveitam da situação para tirar vantagem", disse.
Na região central, PMs armados até com metralhadoras faziam a segurança e organizavam o trânsito em um posto na rua Amaral Gurgel.
Em um posto de São Caetano do Sul (ABC), havia um limite de R$ 100 para a venda, ou pouco mais de 22 litros, já que o local cobrava R$ 4,49 o litro da gasolina. Em Osasco (Grande SP), um homem vendia galões de gasolina por R$ 10 a motoristas que estavam na fila.
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