Capital começa a semana sem saber quando terá gasolina

A capital e a região metropolitana de São Paulo começam a semana hoje sem saber quando o abastecimento de combustíveis será normalizado. Ontem, no sétimo dia de paralisação dos caminhoneiros, os bloqueios continuavam em estradas do país. Eles protestam contra a alta dos preços dos combustíveis.

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou uma série de medidas, atendendo reivindicações dos caminhoneiros. Lideranças dos manifestantes afirmaram que vão esperar a publicação das medidas no "Diário Oficial" para começar a desmobilização.

Mas mesmo se a greve acabar, o fornecimento de combustíveis não se normalizará tão rápido. No sábado, 99% dos estabelecimentos da capital não tinham gasolina, etanol e diesel, disse o Sincopetro (sindicato dos postos do estado).

O presidente da entidade, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou ontem que, se os postos forem reabastecidos, a previsão é de até uma semana para os estoques voltarem ao normal. "Vai levar de cinco a sete dias para chegar ao nível que havia antes. Isso porque o posto será abastecido, vai formar fila, vai secar e ficará nisso até que os consumidores percam o medo de ficar sem combustível", avalia.

Escolta

Ontem, a PM começou a escoltar caminhões-tanque até postos do estado. À noite, 20 estabelecimentos da capital cancelaram a operação. Os donos dos postos teriam sido pressionados por sindicalistas. À tarde, a chegada de um caminhão de combustível em um posto no Jardim América (zona oeste) animou motoristas, mas por pouco tempo, pois o local só abriria hoje e a prioridade seria os carros da polícia. A comerciante Maria Inês Tosi chegou a se alterar com um PM. "Pelo amor de Deus, deixem um posto para a gente."

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