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Suspeita de fraude derruba chefe da iluminação de Doria
FSP
A divulgação de gravações de conversas sobre a licitação bilionária da PPP (Parceria Público Privado) da iluminação pública na capital derrubou ontem a diretora do Ilume (Departamento de Iluminação Pública), Denise Abreu.
O órgão faz parte da Prefeitura de São Paulo, sob a gestão João Doria (PSDB).
As conversas, reveladas pela rádio CBN e pela Record e obtidas pela reportagem, mostram uma suposta preferência da então diretora por uma das concorrentes, e posteriormente vencedora, a FM Rodrigues.
O contrato, de R$ 6,9 bilhões por 20 anos, foi assinado no dia 8.
- Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta, 22 de março, nas bancas
Resposta
A gestão João Doria (PSDB) afirmou que Denise Abreu assinou um documento, registrado em cartório, no qual afirma que não interferiu na PPP da iluminação pública e que desconhece "qualquer tipo de envolvimento ilícito" entre os secretários Marcos Penido e Julio Semeghini com a Eletropaulo". Eles negam irregularidades. Segundo a prefeitura, Denise não participou da comissão de licitação. A defesa da ex-diretora afirmou para a TV Globo que as gravações estão fora de contexto e que a íntegra demonstra mais rigor por parte dela. A FM Rodrigues disse que "não cometeu nenhum ato irregular ao longo do processo da PPP". O consórcio Walks afirmou que "foi alvo de diversas decisões da comissão de licitação que visavam sua impugnação, mesmo diante de decisões da Justiça que reafirmavam" seu direito de participar da concorrência. A Eletropaulo disse que cumpre "integralmente a legislação anticorrupção".
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