Falta de banco de dados de DNA preocupa especialistas

A falta de investimentos e de vontade política são as principais barreiras apontadas por especialistas para a identificação de ossadas.

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Segundo a promotora Eliana Vendramini, coordenadora do Plid (Programa de Desaparecidos do Ministério Público), o Setor de Antropologia da Polícia Técnico-Científica não recebe investimento adequado.

O setor, ligado à Secretaria da Segurança Pública, sob gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), é o responsável por identificar cadáveres carbonizados ou ossadas.

Segundo ela, os peritos se baseiam no último local onde o desaparecido foi visto com vida e procuram, nos registros, as ossadas achadas naquela região. Se existir alguma do mesmo sexo encontrada no local, fazem a coleta do material genético para o confronto.

Caso contrário, segundo a promotora, não há coleta de material algum, pois não se dispõe de um banco de dados amplo.

Resposta
A Secretaria da Segurança Pública, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que já está em testes um sistema de integração de dados entre o IML (Instituto Médico Legal) e os boletins de ocorrência da Polícia Civil. Segundo a pasta, o sistema foi desenvolvido para contribuir na identificação de corpos não reclamados e dar mais rapidez nas buscas de pessoas desaparecidas.

A secretaria disse que, no caso de encontro de ossada, o Setor de Antropologia realiza exames diversos, buscando confronto com possíveis desaparecidos, por meio de exames comparativos (como odontológicos, genéticos, imagens, radiografias e características da ossada). Segundo a secretaria, todo o material biológico colhido e os dados de exames permanecem armazenados.

Sobre o caso de Kelvyn Dondoni, a pasta afirmou que as informações dele continuam no banco de dados da Delegacia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas. Afirma que a mãe dele, Fátima Dondoni, foi chamada à delegacia no mês passado –isso ocorreu após o Agora questionar a pasta sobre o tema. Fátima disse que foi à delegacia no último dia 29. "Eles disseram que meu DNA está sendo confrontado com ossadas encontradas e que a polícia não se esqueceu do meu caso."

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