Carrinho vira opção para se livrar do rapa

Agilidade para fugir do rapa, praticidade para levar objetos pessoais e reciclagem fizeram do carrinho de supermercado o preferido dos moradores de rua nos deslocamentos pela capital.

Durante a noite, o carrinho também pode servir como uma espécie de "armadura" que ajuda a proteger o sono de quem está exposto a todo tipo de maldade.

No mês passado, moradores de rua foram surpreendidos na praça da Sé (região central) por funcionários da prefeitura que desmontaram suas barracas e tentaram tomar pertences pessoais. A limpeza terminou por molhar até mesmo cobertores deles.

Em maio, o morador de rua Samir Ali Ahmad Sati, 40 anos, foi agredido na estação Conceição do metrô, no Jabaquara (zona sul), por guardas-civis que tentaram apreender seu carrinho.

Resposta
A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de João Doria (PSDB), diz que mantém canais para que os munícipes denunciem quaisquer violações aos seus direitos.

Segundo a prefeitura, o decreto 57.581/2017 estabelece as diretrizes para ações de zeladoria na cidade e proíbe a retirada de objetos pessoais dos moradores de rua.

No ano passado, em meio a uma onda de frio, o então prefeito Fernando Haddad (PT) determinou que não poderiam ser desmontadas as "favelinhas" dos moradores de rua, regra que foi revogada pela gestão Doria. Sobre o caso de Samir Aliahmadsati, 40 anos, a prefeitura diz que uma sindicância foi aberta na Prefeitura Regional Jabaquara para apurar o procedimento inadequado dos agentes que descumpriram o decreto.

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