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Empresa confirma que obra do Metrô foi superfaturada
Folha de S.Paulo
A Camargo Corrêa reconheceu em proposta de acordo judicial que houve superfaturamento e cartel em dois lotes da linha 5-lilás do Metrô de São Paulo, cujos contratos somam R$ 3,5 bilhões em valores atualizados.
Segundo os termos do acordo proposto ao Ministério Público do Estado, a obra foi dividida por cinco grandes empreiteiras (Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão, chamadas de G5), que escolheram os lotes mais caros.
O ex-diretor do Metrô Sérgio Brasil é apontado pela Camargo Corrêa como tendo recebido propina para incluir exigências técnicas na licitação que só as cinco empreiteiras conseguiam atender –entre elas experiência no uso do equipamento de escavação chamado "tatuzão".
Resposta
O governo do Estado e o Metrô disseram em nota que "são vítimas dos crimes que estão sendo investigados".
Ambos afirmam que vão analisar a proposta do ponto de vista jurídico e financeiro, com o objetivo de proteger o interesse público.
O Metrô afirmou que colabora com as investigações e é "o maior interessado na apuração dos fatos ora levantados".
O senador José Serra (PSDB-SP), que defendia que não houve cartel na obra, não se pronunciou.
A Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht disseram colaborar com as investigações.
A OAS não quis se manifestar.
A Queiroz Galvão afirma que "não comenta investigações em andamento".
A reportagem não localizou o advogado de Sérgio Brasil.
- Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora, nas bancas neste sábado, 1º de julho, nas bancas
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