Moradores de rua vivem dentro do parque da Mooca

O parque da Mooca (zona leste de São Paulo) se tornou um abrigo para os moradores de rua que costumam ficar na região.

Segundo entidades que atendem essa população, a concentração no local aumentou por conta de ações da prefeitura que, desde o ano passado, tem removido pessoas em situação de rua de outras vias do bairro.

Eles temem, ainda, ação de grupos privados.

Segundo o açougueiro desempregado Júlio de Carvalho, 40 anos, ele e outros moradores de rua optam por permanecer dentro do parque por segurança.

"Os próprios funcionários da Prefeitura Regional e da GCM [Guarda Civil Metropolitana] permitem que a gente fique no local, porque sabem que não costumamos criar problemas para os demais usuários do parque", diz.

Resposta

A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, sob gestão João Doria (PSDB), diz abordar os moradores de rua do bairro, em média, três vezes por semana "para oferecer a eles a possibilidade de alguma forma de atendimento social", inclusive com a opção de dormirem em albergues oferecidos pela prefeitura.

O órgão da gestão Doria, no entanto, informa que a adesão dessa população aos programas oferecidos pela administração municipal é muito baixa.

Questionada sobre o que tem sido feito para garantir a segurança dos demais frequentadores do parque, que reclamam da "sensação de insegurança" provocada pelos moradores de rua, a prefeitura não se manifestou.

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