Maluf é condenado pelo Supremo a sete anos de prisão

Os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram por condenar o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro.

O parlamentar ainda pode recorrer da decisão.

Para os ministros, de 1998 a 2006, Maluf ocultou e dissimulou dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (atualmente avenida Roberto Marinho), enquanto era prefeito de São Paulo (1993 a 1996).

Os magistrados definiram que, por causa da condenação, ele deve perder o mandato.

A Mesa da Câmara dos Deputados ainda precisa ser notificada, o que só irá ocorrer depois de a decisão ser publicada no Diário de Justiça Eletrônico, em até 60 dias.

Depois disso, a defesa é notificada e pode entrar com recurso no próprio Supremo.

Resposta

O advogado de Paulo Maluf, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse por meio de nota que vai recorrer da decisão da Primeira Turma do STF.

Ele disse que vai esperar a publicação do acordão e que o julgamento não foi unânime.

"Tivemos um voto favorável na preliminar, pois o ministro Marco Aurélio entendeu que deveria ter tido o laudo pericial, e um voto favorável no mérito que absolvia o deputado", afirmou o advogado.

Durante a primeira sessão de julgamento, no dia 9 de maio, o advogado de Maluf disse ainda que os crimes já foram prescritos.

Ele questionou a perícia feita nos documentos e apontou irregularidades na coleta e na análise de provas.

Disse que as perícias comprovariam que nenhuma das contas no exterior pode ser imputada ao deputado.

Ele destacou que o julgamento começou com cinco acusações contra o deputado e que quatro foram derrubadas pelo relator.

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