Nas ruas
05/04/2017

Escolas ficam sem sala de informática para abrir turmas

Lucilene Oliveira
do Agora

A gestão João Doria (PSDB) fechou salas de informática e de vídeo para abrir novas turmas na rede municipal de ensino em bairros com crianças na fila da pré-escola.

A desativação nas Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil) ocorre em meio ao lançamento do programa de metas, em que o tucano se compromete a ter, até o fim de 2020, todos os alunos e professores com acesso à internet de alta velocidade.

Divulação
04.04.2017 - Sala de apoio Foto Divulacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sala de informática semelhante às que foram desativas em escolas municipais da capital

A medida foi a alternativa encontrada pela Prefeitura de São Paulo para cumprir a emenda constitucional de 2009 que obriga Estados e municípios a terem todas as crianças na faixa entre 4 e 5 anos matriculadas no ensino infantil desde 2016. Ao todo, a cidade tinha em dezembro, na gestão Fernando Haddad (PT), 1.269 crianças à espera de vaga em Emeis.

Os bairros da zona sul são os que mais concentram crianças na fila (1.024). E as escolas da região foram as primeiras a terem as salas de apoio pedagógico fechadas.

Os cerca de 20 computadores da Emei Cruz e Souza, no Jabaquara (zona sul), já foram embalados na semana passada e a antiga sala de informática deu lugar as mesas e cadeiras para a nova turma de 25 alunos que será montada. "A direção da escola só está esperando a contratação de professores para começar a chamar os pais da fila para a matrícula", disse um funcionário.

Outra escola no Jabaquara, bairro com 219 crianças na fila, também fechou o laboratório de informática. "Os móveis já chegaram, mas ainda não foram colocados na sala porque os computadores não foram desmontados", disse um servidor.

Na Emei Raul Joviano do Amaral, em Pedreira (zona sul), os funcionários disseram não saber se os computadores serão distribuídos nas salas de aula ou serão devolvidos à Secretaria Municipal da Educação. A Emei Alice Alves Martins, no Jardim São Luís (zona sul), deixou de ter uma sala de vídeos e filmes para a abertura de nova turma.

'Ensino deve incluir a tecnologia'

Especialistas defendem a permanência da sala de informática e de recursos audiovisuais se os professores possuem uma boa metodologia de ensino, e dizem que um ensino baseado apenas em ler, escrever e fazer contas faz com que as crianças aprendam como se ainda estivessem no século 19.

"Essa é uma medida na contramão do que vem sendo feito nos países desenvolvidos. O ensino baseado apenas em ler, escrever e contar era o mesmo praticado na época do Império no Brasil. Hoje a tecnologia existe para que seja usado em favor do desenvolvimento do aluno. Hoje, ele precisa de muitas outras linguagens", diz a professora de pedagogia Ingrid Ambrogi, da Universidade Mackenzie.

A professora Onaide Schwartz Mendonça, na Unesp (Universidade Estadual Paulista), afirma que é preciso rever qual a metodologia que está sendo aplicada pelos professores nas escolas, seja na sala de aula ou em atividades extraclasse. "Não adianta ter espaços para estimular a leitura, se dentro da sala de aula não está ensinando a decifrar o alfabeto", diz.

RESPOSTA

A Secretaria Municipal da Educação, da gestão Doria, disse em nota que, por causa da matrícula obrigatória de crianças entre 4 e 5 anos, "se faz necessária a retomada da utilização de espaços próprios para salas de aula, com o objetivo de garantir o atendimento aos alunos".

"A orientação é que os materiais e equipamentos disponíveis nestas salas sejam distribuídos nas salas de aula para uso contínuo de todos os alunos", disse. "Não há prejuízos", afirmou.

A gestão Fernando Haddad (PT) disse que as 1.269 crianças da fila completaram a idade mínima para o ingresso nas Emeis em dezembro.

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