Nas ruas
24/03/2017

Doria usa modelo que falhou na manutenção de semáforos

William Correia
do Agora

Há quatro anos, Fernando Haddad (PT), então prefeito de São Paulo, anunciou um plano de manutenção dos semáforos que previa a implantação de tecnologia de funcionamento mesmo sem energia elétrica e multa às empresas que cuidam do serviço, caso os equipamentos com problema não fossem religados em até duas horas. O modelo não deu certo, e a capital sofre com equipamentos quebrados. Mas ontem a gestão João Doria (PSDB) abriu uma licitação bem parecida.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), ligada à prefeitura do tucano, informou que o edital prevê troca de peças, manutenção geral, instalação de semáforos no-break (que funcionam por algumas horas no caso de interrupção de energia elétrica), conserto em caso de roubos de fios, entre outros serviços. Parecido com a previsão de quatro anos atrás.

"O edital antigo previa a implantação e reforma de 1.500 semáforos. Já o novo refere-se à manutenção dos 6.387 semáforos existentes na cidade", diferenciou a CET, que promete ainda aumentar o número de equipes na rua. Mas "caberá à empresa vencedora da licitação definir a quantidade de equipes", completou.

Há a previsão de multar a empresa em até 20% do valor do serviço se o semáforo não for arrumado em duas horas. Na gestão passada, a regra não funcionou direito: o Agora mostrou casos de demora de até sete horas.

A companhia diz que tem o controle pela central de monitoramento de só 1.179 dos 6.387 semáforos na capital. Por isso, pede que pedestres e motoristas informem problemas pelo telefone 1188.

A gestão Doria diz que os contratos atuais venceram em dezembro, mas foi negociada a extensão da garantia por 90 dias. A prioridade dos investimentos, previstos em R$ 81 milhões para contratos anuais com as empresas, é "a manutenção dos equipamentos existentes", sem indicar recursos voltados à atualização dos semáforos.

Está previsto ainda um segundo edital voltado para implantar "um novo modelo para a travessia de pedestres, com manutenção dos semáforos e aumento da sinalização nos principais cruzamentos para permitir mais segurança", segundo a CET.

A gestão Haddad não quis se manifestar.

Prazo é arriscado, diz especialista

Para Luiz Vicente Figueira de Mello, coordenador do curso de engenharia do Mackenzie Campinas, a nova licitação ainda não deve resolver os problemas com semáforos na cidade.

"A empresa que ganhar a licitação assume um risco muito grande ao ter de arrumar o equipamento em até duas horas em uma cidade como São Paulo. Seria mais custoso, mas o ideal é atualizar os equipamentos. As lâmpadas de LED usam menos energia elétrica e fariam a tecnologia no-break funcionar por mais tempo, por exemplo", indicou.

Segundo o especialista, para o plano atual ser mais eficiente, uma ideia é ter estoques de peças próximos às vias principais em todas as regiões da cidade e um efetivo aumento no número de equipes na rua. "Mas seria melhor uma manutenção preventiva, que seria mais onerosa também, só que diminuiria os riscos de problemas nos equipamentos."

Mello ainda sugere que, em vez do aviso por telefone, a prefeitura faça parcerias com aplicativos que já apontam os motivos de congestionamento. "É usar a tecnologia a nosso favor."

  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora, nas bancas nesta sexta, 24 de março, nas bancas

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