Justiça manda prender o prefeito eleito de Embu

A Justiça decretou ontem a prisão preventiva do prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB)

A Justiça decretou a prisão preventiva de Ney Santos (PRB), 36 anos, prefeito eleito de Embu das Artes (Grande SP), como líder de organização criminosa.

O mandado é parte da Operação Xibalba, do Ministério Público Estadual, que prendeu ontem sete pessoas e procura outras sete –incluindo Ney Santos, que é atualmente vereador e presidente da Câmara de Embu das Artes.

A operação descobriu uma organização criminosa que administrava postos de gasolina para lavar dinheiro do tráfico de drogas na capital, Embu das Artes, Cajamar, Carapicuíba, Osasco e Taboão da Serra (as cinco últimas na Grande São Paulo).

Resposta

Joel Matos Pereira, advogado de Ney Santos (PRB), disse que o prefeito eleito se sente injustiçado e contesta o mandado de prisão porque, segundo ele, é o desdobramento do inquérito já aberto contra o político em 2010, por estelionato, adulteração de combustível e formação de quadrilha.

"O combustível do posto foi levado para análise e nada se comprovou, então por que persiste essa denúncia? E seis anos não foram suficientes para comprovar a formação de quadrilha? Utilizaram o judiciário de uma maneira torpe para conseguir o que não conseguiram nas urnas. Não há base para o pedido de prisão. Estão procurando provas e não vão encontrar, porque não existem", disse, crendo que Ney Santos estará livre para ser diplomado como prefeito na data marcada, no próximo dia 19.

"Pegaram o inquérito de 2010, que vinha em um processo letárgico, requentaram, aceleraram e, às vésperas da diplomação, tomaram medidas com base só em ilações.

Prenderem gerente e funcionários de postos de gasolina que nem entendem por que estão aqui", continuou o advogado.

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