Justiça decreta prisão do prefeito eleito de Osasco

A Justiça decretou a prisão preventiva do prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), atualmente vereador da cidade, e de mais 13 dos 21 parlamentares da Câmara Municipal. Ontem, 11 foram presos.

Eles são acusados de contratar funcionários fantasmas.

As prisões ocorreram na Operação Caça-Fantasmas, do Ministério Público.

A operação, iniciada em agosto de 2015, aponta uma esquema de funcionários fantasmas que, segundo estimativa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) de Osasco, desviou R$ 21 milhões dos cofres públicos.

De acordo com a Promotoria, os vereadores cobravam um percentual dos salários dos funcionários fantasmas.

A denúncia atinge 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas.

Lins, 38 anos, que venceu o atual prefeito Jorge Lapas (PDT) com 61.21% dos votos válidos no segundo turno, está viajando e, por isso, não foi preso.

O mesmo ocorre com a vereadora Karen Gaspar (PT do B). Já Andréa Capriotti (PEN) está presa sob custódia no hospital Sino-Brasileiro –ela sofreu um acidente no fim de semana e está na UTI, à espera de cirurgia e sem previsão de alta.

Resposta

Em nota, o prefeito eleito Rogério Lins disse que está no exterior com a família, que "desconhece qualquer motivo para justificar a medida extrema proferida em seu desfavor", referindo-se à prisão preventiva, e que "tem colaborado intensamente com as investigações".

Lins afirmou que antecipou seus esclarecimentos à Promotoria, do último dia 22 para o dia 18, e que ele e seus funcionários intimados apresentaram provas de inocência. A nota não afirma se Lins vai se entregar.

"Nosso corpo jurídico está preparando as medidas jurídico legais para reversão da medida", disse, no texto.

Segundo a polícia, todos os 11 vereadores presos ontem negam as acusações. As defesas deles já recorreram.

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