Área desapropriada no Jardim Pantanal é invadida

Uma área desapropriada por causa das enchentes que deixaram o Jardim Pantanal (zona leste de São Paulo) debaixo d'água por dois meses, entre 2009 e 2010, foi invadida novamente.

Os novos moradores começaram a surgir há cerca de três meses, vindos de bairros vizinhos, como o Jardim Romano.

Na rua Agostinho Alves Marinho, há cerca de 40 construções na área onde será construído um dique para evitar que a água do rio Tietê invada o bairro.

A obra será feita por meio de um convênio entre o Estado, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), e a Prefeitura de São Paulo, da gestão Fernando Haddad (PT).

O primeiro é responsável pela desapropriação e construção, e a administração municipal, por pagar um auxílio-aluguel aos moradores.

Os novos moradores dizem que erguem as casas de uma só vez, à noite, para que a polícia ambiental não derrube os imóveis.

Dizem gastar, em média, cerca de R$ 2.000 para levantar a estrutura com um cômodo, banheiro e cozinha, mas há quem tenha desembolsado R$ 10 mil em uma casa um pouco maior, com acabamento e fiação.

Resposta

O Daee, órgão da gestão Alckmin (PSDB), afirmou por meio de nota que, se constatado que as novas casas são irregulares e foram construídas na área do futuro dique, elas serão removidas.

A Prefeitura de São Paulo, da gestão Haddad (PT), disse que, com o Estado, "dialoga" com representantes comunitários do bairro.

O órgão do Estado disse ainda que está fazendo a desapropriação de 47 imóveis para a construção do dique e que espera as decisões judiciais para retirar as famílias.

"O Daee só pode fazer a obra tendo a posse dos terrenos", afirmou.

Disse que cabe à prefeitura "reassentar as famílias" e fiscalizar as construções em áreas irregulares.

No dia 21, foi lançada a licitação da obra.

A Dersa afirmou que espera o fim da concorrência para liberar recursos para a construção.

A prefeitura disse que deve remover as famílias do local quando a obra estiver contratada.

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