Famílias voltam a ocupar áreas de risco na Grande SP

Áreas de risco onde ocorreram mortes causadas por deslizamentos de terra na capital e na Grande São Paulo voltaram a ser ocupadas.

Moradores reclamam de abandono do poder público.

É o caso do morro dos Macacos, em Cidade Ademar (zona sul), na divisa com Diadema (ABC), que conta hoje com 2.000 famílias.

Entre 600 e 900 vivem em barracos em uma área que desmoronou em julho de 2011, matando uma grávida e um garoto de três anos.

Foram feitas obras de contenção e as famílias foram removidas da área afetada pelo deslizamento de 2011.

Em junho de 2014, porém, ocorreu uma nova ocupação da encosta.

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão Fernando Haddad (PT), afirmou que acompanha a situação do morro dos Macacos.

"Foram realizadas intervenções emergenciais de contenção de encosta para minimizar a ocorrência de desabamentos."

A gestão diz que vai fazer "obras de urbanização, infraestrutura e reforço da contenção de encostas, que incluem pavimentação, drenagem, redes de água e esgoto".

As prefeituras de Francisco Morato e Mairiporã dizem que o auxílio-aluguel foi "pontual" e "emergencial", por seis meses.

A Prefeitura de Francisco Morato, sob a gestão Marcelo Cecchettini (PV), diz que assistentes sociais acompanham famílias.

A Prefeitura de Mairiporã, sob a gestão Marcio Pampuri (PV), diz que, além do auxílio-aluguel, ajudou a população com cestas básicas, roupas, cobertores e lonas para conter barrancos.

O governo do Estado, sob a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), diz que ainda atende 93 famílias em Mairiporã e 70 em Franco da Rocha, com parcela de R$ 300, complementada por R$ 100 das administrações municipais.

O Estado afirmou que investiu mais de R$ 1 bilhão em obras, nos últimos três anos, na região metropolitana, entre construção de piscinões e de pôlderes.

A Defesa Civil do Estado destinou aos municípios mais de R$ 217 mil em ajuda humanitária, que consiste em colchões, cobertores, lençóis, cestas básicas e kits de limpeza e higiene.

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