Vereadores presos por fraude em contratação de servidores

Quatro vereadores e uma secretária municipal de Carapicuíba (Grande São Paulo) foram presos durante uma sessão da Câmara Municipal da cidade na tarde de anteontem.

Eles são acusados de fazer parte de um esquema de fraude para contratação de funcionários na prefeitura, sob a gestão do prefeito Sérgio Ribeiro (PT), e irregularidades na concessão de auxílio-desemprego.

Segundo o Ministério Público, até 1.400 pessoas se beneficiaram do esquema.

Um secretário municipal e Everaldo Francisco da Silva, candidato a prefeito de Carapicuíba pelo PT, estão foragidos.

Os vereadores aprovaram em 2013 e 2014 leis para contratação emergencial e temporária via concurso, depois que o prefeito assinou em 2012, com o Ministério Público, um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) se comprometendo a não contratar mais sem ser pelos meios oficiais.

Os novos concursos, porém, foram fraudados.

Resposta

A Prefeitura de Carapicuíba afirma que demitiu 206 funcionários da saúde e cortou o auxílio de 143 beneficiários do auxílio-desemprego suspeitos de terem obtido o cargo e o benefício por meio de fraude.

Por meio de nota, a prefeitura afirmou que colabora com a investigação do Ministério Público e acatará as medidas judiciais.

O PPS (Partido Popular Socialista), ao qual pertencem três dos vereadores acusados de prevaricação, determinou a suspensão, anteontem, dos políticos suspeitos.

O PT (Partido dos Trabalhadores), do prefeito e dos secretários municipais acusados, disse, também por meio de nota, que "se houver comprovação de envolvimento de filiados seus com irregularidades, adotará as providências cabíveis", mas não esclareceu quais seriam as medidas.

O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), do vereador Paulo Xavier, preso desde maio por suspeita de contratação de funcionários fantasmas e também acusado de fazer parte do esquema de fraude dos concursos públicos, enviou comunicado afirmando que "defende a plena apuração do caso e, comprovada culpa, a punição rigorosa dos responsáveis".

Questionada, a Câmara Municipal de Carapicuíba não informou qual o número de vereadores fazem parte da casa nem quais comissões e cargos os suspeitos presos exerciam.

A reportagem não conseguiu localizar representantes do PRP (Partido Republicano Progressista), de um dos vereadores acusados, para comentar o caso.

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta, 25 de agosto, nas bancas

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