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Minifavelas surgem nas ruas depois de decreto de Haddad
Folha de S.Paulo
Minifavelas estão aparecendo em diversos pontos da cidade.
O cenário surge como um efeito colateral à regra criada pela Prefeitura de São Paulo, da gestão Fernando Haddad (PT), no auge do frio, quando servidores municipais foram proibidos de desmontar barracas nas madrugadas e recolher itens pessoais de moradores de rua, como papelão ou cobertor.
Resistentes aos abrigos oferecidos pela prefeitura e sem ter mais que se preocupar com a remoção de seus pertences, os moradores de rua passaram a montar residência fixa em barracos em praças, embaixo de viadutos e em calçadas da cidade.
Um deles, na avenida 23 de Maio, tem até TV, água "encanada", que puxaram de uma bica, com mangueira, e uma espécie de "box" de banheiro.
Um de seus moradores, Fábio Andrade da Silva, 34 anos, conta que, quando chegou, os outros três moradores tinham basicamente cobertores e colchões, mas alertavam que, a qualquer momento, tudo poderia ser levado pelo "rapa" (agentes da prefeitura ou guardas-civis).
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, da gestão Fernando Haddad (PT) diz que tem havido uma grande resistência ao cumprimento do decreto –agentes públicos estariam receosos da exposição em redes sociais por retirarem posses dos sem-teto.
Pela lei, eles só não podem retirar barracas e itens pessoais, como papelão e cobertores.
A gestão afirma ainda que há vagas disponíveis nos abrigos e que encoraja os moradores de rua a os utilizarem.
A "lei do frio" foi criada depois de críticas à GCM (Guarda Civil Metropolitana), por confiscar colchões e papelões em meio ao frio recorde na capital.
Ao comentar o problema, o prefeito Fernando Haddad falou em prevenir uma "favelização".
Criticado, o petista se desculpou e anunciou a medida, que completa dois meses.
- Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta, 18 de agosto, nas bancas
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