Repórter entrega fotos de grupo de agressores na praia

O repórter fotográfico Rivaldo Gomes, 57 anos, do Agora, entregou à Polícia Civil de Santos (72 km de SP) fotos do grupo que o agrediu na praia do Boqueirão, anteontem.

Ninguém havia sido detido até ontem à noite.

Gomes fotografava o movimento na praia quando foi agredido. Ontem ele fez exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).

O fotógrafo sofreu lesões na perna esquerda e no braço esquerdo. Uma prótese dentária dele foi quebrada e os dentistas avaliam se alguns dentes da frente estão fraturados.

A Secretaria da Segurança Pública, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem que a Polícia Civil está tentando identificar os agressores.

Investigadores, disse a secretaria, também buscam imagens de câmeras de segurança da região para ajudar na identificação. A reportagem procurou o 7º DP de Santos, mas nenhum policial quis comentar o caso.

O repórter fotográfico conta que dono de um comércio no canal 2 achou que tirava fotos da mulher dele e começou a intimidá-lo. Logo, um grupo de cerca de dez pessoas apareceu. "As ameaças se intensificaram quando me neguei a apagar as fotos", conta.

Gomes diz que propôs mostrar as fotos ao dono do comércio e, se alguma tivesse a mulher dele, apagaria. Mas ele não aceitou, diz o repórter. Foi quando começou a agressão.

Ele recebeu chutes e socos. As agressões pararam quando o grupo pegou a máquina fotográfica de Gomes.

Chamada, a PM recuperou a máquina. Gomes afirma que disse aos policiais que poderia reconhecer naquele momento os agressores, mas acabou sendo levado para o hospital sem que isso fosse feito.

A PM afirmou que o procedimento dos policiais foi correto, pois primeiro era preciso socorrer a vítima.