Estado suspende entrega de remédio a doente pulmonar

A Secretaria Estadual de Saúde suspendeu o fornecimento gratuito de medicamentos de alto custo para pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que atinge 15,8% das pessoas com mais de 40 anos na Grande São Paulo.

Segundo a secretaria, nenhum paciente vai ficar sem medicamento para dar continuidade ao tratamento, pois vão ser fornecidos os remédios que estão na lista do Ministério da Saúde.

Porém, segundo o pneumologista do Hospital das Clínicas Frederico Fernandes, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, o tratamento indicado pelo governo federal é considerado obsoleto pelos especialistas.

"Essas medicações fornecidas pelo Ministério da Saúde são mais antigas e os benefícios aos pacientes são menores do que os remédios fornecidos pelo governo do Estado", afirmou.

Resposta

A Secretaria Estadual de Saúde disse, por meio de nota, que nenhum paciente de DPOC ficará sem remédio para dar continuidade ao tratamento, pois o Estado vai fornecer os medicamentos "previstos no protocolo do Ministério da Saúde", que indica 19 tipos diferentes.

Por conta dessa mudança, os pacientes deverão trocar as receitas com seus médicos, que devem indicar os medicamentos incluídos na lista do governo federal.

Também será necessário preencher nova solicitação para retirar o medicamento de graça nas farmácias de alto custo.

O Ministério da Saúde disse, por meio de nota, que os medicamentos propionato de fluticasona e brometo de tiotrópio não fazem parte da lista federal.

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