Crianças especiais ficam sem atendimento, dizem pais

Pais de crianças especiais atendidas pela Abads (Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social) por meio de um convênio com a Prefeitura de São Paulo dizem que elas ficarão sem tratamento a partir de hoje por causa do fim do contrato.

A entidade, que fica na Vila Guilherme (zona norte), atende crianças com deficiência intelectual e autismo.

Oferece assistência em saúde e educação.

Os contratos com a prefeitura se referem aos programas Prevenção na Primeira Infância, que previa o atendimento de crianças de zero a 2 anos com síndrome de Down, e Aprender a Conviver, que oferecia tratamento para 45 crianças com autismo e suas famílias.

Nos dois últimos meses, a prefeitura repassou R$ 199.385 à entidade pelos contratos.

Resposta

A Secretaria Municipal da Saúde afirmou, por meio de nota, que o convênio com a Abads vai acabar hoje porque o contrato teve a duração máxima permitida por lei, que é de cinco anos.

Porém, o Portal da Transparência da prefeitura mostra que, em julho do ano passado, quando o convênio de cinco anos acabou, a secretaria fez mais três prorrogações do contrato, dois de seis meses e um último de dois meses (de 28 de junho até hoje).

A prefeitura disse ainda que durante o período do contrato "buscou ampliar a rede de atendimento especializado, com o credenciamento de 33 CER (Centro Especializado em Reabilitação)", mas não informou onde as 115 crianças serão atendidas.

Afirmou apenas que "manterá diálogo com a Abads para evitar descontinuidade no cuidado e tratamento".

A entidade não se pronunciou.

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta, 27 de agosto, nas bancas

• Assine o Agora