Em crise, avenida Paulista enfrenta fuga de escritórios

Enquanto os paulistanos discutem a ocupação da avenida Paulista (região central) aos domingos, com seu fechamento para o trânsito, e a nova ciclovia atrai cada vez mais frequentadores, 20% dos escritórios na via estão vagos, segundo levantamento da consultoria Colliers.

Há um ano, esse índice era bem menor, de 13%.

"Vamos sair", diz o executivo de uma empresa de alimentos.

Diante da desaceleração da economia e com calçadas lotadas de moradores de rua e camelôs, a avenida passa por uma "crise de identidade" que tem causado uma fuga de escritórios.

A crise econômica afeta outras regiões da cidade, mas fatores específicos agravam o problema na Paulista: valor do aluguel, idade dos prédios, deficit de estacionamento e protestos que atrapalham o trânsito –em média, um a cada três dias.

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo, 26 de julho, nas bancas

• Assine o Agora

Resposta
A Prefeitura de São Paulo afirma que poucos moradores de rua aceitam ir para albergues e que admite a permanência de barracas à noite na calçada da avenida Paulista por "questões humanitárias", principalmente no inverno.

A Guarda Civil Metropolitana e agentes das subprefeituras afirmam que recolhem objetos deixados nas calçadas, como colchões e sofás.

Sobre o comércio irregular, a prefeitura diz que regulamentou lei em 2014 para "coibir comerciantes ilegais que se utilizavam da lei para vender produtos de contrabando como se fossem artesãos".

A operação delegada ("bico oficial" feito por policiais militares) é a responsável por coibir o comércio ilegal.

A PM diz que nem todas as vagas para o patrulhamento são preenchidas.

A polícia diz ainda que os ambulantes, ao verem os policiais, recolhem seus materiais, "o que demonstra que, nesses casos, ainda que não haja a efetiva apreensão dos produtos ilícitos, está sendo realizada a prevenção".