'Vivo com muita tristeza', diz jovem baleada por policial

"Vivo com muita tristeza. Todos os dias. Tento focar e procurar a melhor maneira para enfrentar tudo isso. Mas ainda não sei como lidar. Estou um pouco perdida."

Foi assim que Gabriela Rocha Leite, 18 anos, definiu sua rotina depois que, segundo a investigação policial, um PM matou sua sogra e atirou em seu rosto e na sua barriga –o que a obrigou a fazer um parto de emergência. Sua filha morreu quatro dias depois.

O crime aconteceu no último dia 22, no Jaçanã (zona norte), após uma discussão envolvendo a família de Gabriela e o policial militar Gilson de Souza Teixeira, 31 anos.

Ele é acusado de atirar na dona de casa Jurema Cristiane Bezerra da Silva, 39, que morreu a caminho do hospital, em Gabriela, que estava grávida de seis meses, e em um filho de Jurema de 17 anos.

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Resposta
O sargento Gilson de Souza Teixeira foi preso em flagrante por policiais civis no mesmo dia do crime.

Ele foi transferido para o presídio militar Romão Gomes, também na zona norte de São Paulo, onde aguardava julgamento até a conclusão desta edição.

Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, Teixeira disse que tentou se defender da família de Gabriela Rocha Leite e que "seria espancado" caso não reagisse.

De acordo com o inquérito inicial aberto pelo órgão corregedor da PM, o sargento também afirmou a colegas de corporação que os familiares de Jurema teriam arremessado tijolos em seu veículo.