Promotoria investiga contas e fechamento da Santa Casa

O Ministério Público Estadual abriu inquérito civil para apurar o fechamento do pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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A Promotoria também vai investigar a gestão das contas da entidade.

A investigação foi instaurada ontem, pelas promotoras de Justiça Paula Villanacci Alves Camasmie e Paula de Figueiredo Silva.

O hospital interrompeu os atendimentos de urgência e emergência no final da tarde de anteontem, alegando falta de recursos para comprar medicamentos e materiais.

Resposta

O provedor da Santa Casa de São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, nega má gestão na entidade.

"Temos certeza da lisura da contabilidade." E disse que foi "obrigado" a fechar o pronto-socorro sem aviso prévio porque o estoque de suprimentos é pequeno.

"Eu pedi que o secretário mandasse uma equipe para verificar [as contas]."

Como não obteve resposta, tomou a decisão. "Nada, ninguém falou nada. Falei 'vou fechar'. Mandei fazer a placa e botei na porta", disse o provedor.

Abdalla também ressaltou a transparência de sua gestão e que todas as atitudes tomadas foram legais.

"Eu estou convidando eles [governo do Estado] para examinarem as minhas contas. Não há problema nenhum. A pedido meu quero que examinem as contas", afirmou Abdalla.

"Isso aqui é porta aberta, toda a administração é aberta.

Ele disse que as dificuldades para pagar fornecedores vinham se arrastando havia anos e que avisou os governos municipal, estadual e federal da situação.

O provedor não soube dizer por que a situação só chegou ao ponto de ser preciso fechar o pronto-socorro agora.

"Precisa perguntar para eles [fornecedores]. Eu tinha passivo de 10, pagava 2, caía para 8. No outro mês, comprava mais 3, ficava saldo de 11 e foi chegando nesse total", disse.

Segundo ele, os R$ 3 milhões extras oferecidos pelo governo do Estado não são suficientes para sair do sufoco.

"Não tem solução. A solução é pagar o fornecedor", disse Abdalla.

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