Espionagem pode acabar em prisão
Folha de S.Paulo
Os quatro identificados até agora no episódio de espionagem contra o secretário de Estado da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, responderão a inquérito policial sob a suspeita de cometer crimes de prevaricação e usurpação da função pública. A suspeita recai sobre o ex-delegado Paulo Sergio Oppido Fleury.
O ex-delegado foi demitido em junho de 2010 da polícia por Ferreira Pinto e é suspeito de ter se passado por policial para obter as imagens do shopping Pátio Higienópolis, onde Ferreira Pinto se encontrou com o repórter da "Folha de S.Paulo" Mario Cesar Carvalho. Em uma investigação do Gaeco (grupo de combate ao crime organizado), do Ministério Público Estadual, Fleury é suspeito de ser agenciador de um grupo de matadores de aluguel.
Suspeitos de acompanhar Fleury, os delegados Marco Antonio Desgualdo e Everardo Tanganelli Junior responderão a inquérito sob suspeita de prevaricação --quando o funcionário público deixa de praticar ato de ofício visando satisfazer interesse pessoal.
Essa é a mesma situação do investigador Oswaldo Luiz Cardenuto. Caso condenados, poderão ficar presos pelo prazo de três meses a um ano. De acordo com a Corregedoria, os quatro são suspeitos de divulgar as imagens do secretário com o intuito de prejudicar a imagem dele. Eles queriam ligar o secretário à reportagem escrita por Carvalho sobre a venda de dados sigilosos pelo funcionário Túlio Kahn, que foi demitido.
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