Polícia

03/12/2010

Corpo de aluno fica 6 h exposto na USP

Folha de S.Paulo

Um estudante de filosofia de 42 anos passou mal na manhã de ontem dentro da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de SP), não teve atendimento, morreu e ficou estirado por quase seis horas à espera de remoção. A causa da morte ainda não é conhecida.

Samuel de Souza chegou à USP por volta das 9h30 acompanhado de amigos. Ele desceu de um ônibus e caminhou até a praça do Relógio Solar, onde desmaiou.

A guarda universitária foi chamada e, segundo relatos de estudantes e de Claudionor Brandão, membro do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), ligou para o resgate, que teria dito que não havia ambulâncias disponíveis e nem previsão de chegada. Brandão pediu, então, a um funcionário do sindicato para que buscasse auxílio no HU (Hospital Universitário). Segundo o hospital, porém, suas ambulâncias não podem ser usadas para fazer resgate, mas apenas para transferir pacientes.

Às 10h05, um membro da guarda universitária declarou o óbito, conta a funcionária Rosana Bullara. A polícia foi chamada. Um delegado compareceu ao local e, constatada a morte, pediu a presença de um carro de cadáver, contou a Secretaria da Segurança Pública. O corpo só foi levado às 15h49, após passar pelo sol das 12h e pela garoa das 14h.

Resposta

A USP diz que os guardas já encontraram Souza morto.

A prefeitura, responsável pela remoção do corpo, negou que tenha demorado seis horas para recolhê-lo. Disse que o serviço funerário foi chamado por volta das 14h e, às 16h, estava no local. Nenhum responsável dos Bombeiros foi localizado para comentar a demora do resgate.

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