Polícia

23/10/2010

Promotor alertou sobre risco de sequestrador fugir

Folha de S.Paulo

O promotor Rodrigo Alves de Araújo Fiusa alertou, em fevereiro deste ano, que o chileno Marco Rodolgo Rodrigues Ortega, condenado pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto, 59 anos, iria fugir do presídio onde estava caso tivesse o benefício da saída temporária mantido.

Ortega e o colombiano William Gaona Becerra, ambos condenados pelo crime a 30 anos de prisão, fugiram na semana passada da Penitenciária de Itaí (287 km de SP).

Os dois sequestradores haviam conseguido na Justiça o direito à progressão do regime fechado para o semiaberto. Com isso, puderam deixar a prisão no dia 8 deste mês para passar o feriado do Dia das Crianças nas ruas.

Ambos deviam ter voltado à prisão no dia 13. Eles já haviam saído na Páscoa, no Dia das Mães e no Dia dos Pais.

Com mais de um sexto da pena cumprida, no regime semiaberto, os dois tinham direito a sair cinco vezes por ano da prisão, sempre em datas comemorativas, e voltar. A Penitenciária de Itaí funciona em regime fechado e é só para presos estrangeiros.

Ao saber, em fevereiro, que o chileno Ortega havia conseguido a progressão de regime, o promotor Fiusa recorreu da decisão --ele já havia questionado, em dezembro de 2009, o benefício dado a Becerra.

Argumentos

Dentre outros argumentos, o promotor Fiusa também disse que, entre dezembro de 2009 e janeiro deste ano, "um terço dos presos estrangeiros que estavam na Penitenciária de Itaí e tiveram o benefício da saída temporária não retornou".

Segundo a Promotoria e o Tribunal de Justiça, o benefício da dupla havia sido revisto em 2ª instância, mas a comunicação da decisão, de 23 de setembro, não foi feita a tempo de evitar que eles saíssem.

Uruguai

A polícia diz acreditar que os dois condenados podem ter fugido do Brasil pela Tríplice Fronteira (que divide Brasil, Argentina e Paraguai) e, agora, está no Uruguai, onde contariam com a ajuda de antigos membros do grupo de esquerda FPMR (Frente Patriótica Manuel Rodríguez).

Sequestrado em Higienópolis (região central de SP) em 11 de dezembro de 2001, Olivetto ficou 53 dias num cativeiro na zona sul, após ser solto pela polícia.

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