Polícia

29/04/2010

PMs são suspeitos de agredir 2 jovens em quartel

Folha de S.Paulo

Dois policiais militares são investigados pela própria PM por forjarem uma apreensão de drogas e agredirem um office-boy e um ajudante-geral em uma ação que resultou na prisão de um deles na Casa Verde (zona norte de SP).

Na época do fato (11 de outubro do ano passado), os PMs eram lotados na 1ª Companhia do 9º Batalhão --mesmo quartel onde atuam nove policiais suspeitos de torturarem e matarem o motoboy Eduardo dos Santos no dia 10 de abril e de agredirem um taxista no dia 18.

Segundo os advogados das vítimas, as agressões aconteceram no meio da rua e na edícula localizada no fundo do quartel --os policiais jogaram gás de pimenta nos olhos dos rapazes, ambos de 21 anos, e usaram uma algema como um soco inglês para bater neles. Um exame do Instituto Médico Legal, feito na época, comprovou que eles foram agredidos.

A versão dos rapazes é a de que eles trafegavam em uma moto, mas o office-boy não tinha habilitação. Os PMs disseram que apreenderiam o veículo, e ele pediu para que isso não fosse feito. Foi quando um dos policiais socou o peito dele e começou a briga.

Levado para o quartel, as agressões continuaram, segundo as vítimas --com outros PMs. O office-boy ficou preso por quatro meses (por lesão corporal e outros crimes, incluindo tráfico de drogas --PMs disseram que ele estava com 37 pedras de crack), depois foi liberado pela Justiça. O advogado Antonio Funari Filho, que representa o office-boy, afirma que a droga foi forjada pela polícia.

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