Interpol põe Maluf entre procurados por fraude
Folha de S.Paulo
O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) poderá ser preso se deixar o Brasil. A Interpol voltou a incluir o ex-prefeito de São Paulo e de seu filho, Flávio Maluf, num sistema de difusão internacional chamado "alerta vermelho". Maluf aparece na página da Interpol na internet como "procurado" por duas condenações nos EUA: fraude e roubos.
O advogado de Maluf, José Roberto Batochio, diz que a eventual prisão viola a soberania brasileira, porque ele integra um dos Poderes do país --o Legislativo. "Numa comparação extrema, seria como o Fausto [Martin de Sanctis, juiz federal brasileiro] decretar a prisão da Hillary Clinton."
Maluf foi condenado pela Justiça de Nova York por "conspiração em quarto grau" por ter usado uma agência bancária na cidade para depositar dinheiro desviado das obras da avenida Água Espraiada quando foi prefeito de São Paulo (1993-1996). Maluf voltou a figurar como procurado depois de ter rompido uma negociação com a Promotoria de Nova York, segundo a reportagem apurou. O acordo transformaria a condenação em multa de até US$ 15 milhões para Nova York e de US$ 2 milhões para a Promotoria. O advogado de Maluf confirma a negociação, mas diz que foi interrompida porque a Promotoria queria "muito dinheiro".
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