Risco nuclear cresce e país tenta evitar desastre

Um dia após explosão na usina nuclear de Fukushima 1 provocar um dos piores vazamentos da história, o Japão tentava ontem conter o agravamento da situação e evitar que novo acidente cause desastre da dimensão de Tchernobil, em 86 --na ex-URSS.

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O medo de um desastre maior cresceu com a notícia de que mais duas usinas nucleares corriam risco.

Na central mais afetada, a de Fukushima 1, há temores de grande vazamento. Ontem foram registradas explosões no reator 3 da usina e fumaça saindo do reator 1. Segundo porta-voz do governo japonês, porém, não houve rompimento da parede de contenção. Até agora, houve constatação de contaminação nuclear em 22 pessoas. O total pode chegar a 190.

No final da noite de ontem (manhã de hoje no Japão), a TV japonesa falou em novo tsunami, informação posteriormente negada pela agência meteorológica do país.

Cerca de 2.000 corpos foram encontrados na costa da província de Miyagi. A localização dos corpos vai aumentar significativamente o número de mortos no desastre.

Além de Fukushima 1 e Fukushima 2, ao sul, a usina de Onagawa, a mais próxima do epicentro do megatremor de sexta-feira, também foi colocada em estado de emergência. A de Tokai, a 120 km da capital, está em observação.

A explosão de anteontem em Fukushima 1 avariou o teto do prédio que abriga o reator e uma parede secundária de contenção. Mas, segundo o governo japonês, não chegou a danificar a parede de contenção e nem o reator.

O premiê japonês, Naoto Kan, tentou aplacar temores dizendo que o acidente não é um novo Tchernobil. "Radiação foi liberada, mas não há registro de que tenha sido em grandes quantidades", disse.

Mas o chefe de gabinete de Kan, Yukio Edano, admitiu a possibilidade de que já haja derretimento do combustível no reator atingido e alertou para a possibilidade de novas explosões.

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