Papa critica escândalo sexual de Berlusconi

ROMA - O papa Bento 16 afirmou ontem que as autoridades do governo, a sociedade e as instituições italianas devem recuperar "suas raízes morais" --em referência ao último escândalo sexual envolvendo o premiê Silvio Berlusconi.

"A vocação singular que a cidade de Roma exige hoje de vocês, autoridades de governo, é que ofereçam um bom exemplo da positiva e útil interação entre seu saudável status leigo e a fé cristã", disse o papa em audiência com policiais de Roma.

Embora não tenha mencionado o nome de Berlusconi nem o escândalo, a fala do papa foi, na verdade, uma censura ao primeiro-ministro --acusado pela Promotoria de Milão de indução à prostituição de menores.

Segundo a denúncia, Berlusconi teria pago no ano passado pelos serviços de uma suposta garota de programa marroquina --então com 17 anos de idade e apelidada de Ruby. Berlusconi nega as acusações e acusa os juízes responsáveis pelo caso de perseguí-lo "injustamente" e "com fins políticos".

A crítica do papa é um golpe contra Silvio Berlusconi, que vinha tentando uma maior aproximação do governo com a Igreja Católica.

Brasileiras

Na noite de anteontem, a prostituta de luxo Nadia Macri disse à rede de TV italiana RAI ter recebido </euro>5.000 do premiê para participar de uma orgia no dia 24 de abril do ano passado. Ruby, hoje com 18 anos, teria participado da "festa" e recebido a mesma quantia.

Segundo Macri, ao menos seis brasileiras estiveram na orgia, na casa de Berlusconi em Milão. Elas fizeram striptease e nadaram nuas com ele e amigos numa piscina.

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