Moto pagará pedágio em estradas de SP

O governo de São Paulo vai estender o pedágio para motocicletas. Hoje, essa cobrança é restrita a três rodovias, que foram concedidas a empresas privadas neste ano. Com a mudança, todas as estradas do Estado passarão a cobrar pedágios de motocicletas.

A informação é do secretário dos Transportes do Estado, Mauro Arce, que esteve ontem na Assembleia Legislativa para falar aos deputados de investimentos no setor.

"Estamos preparando a alteração do decreto [dos pedágios]. Não pode ser diferenciado, porque as novas [concessões] já praticam a cobrança", disse o secretário Arce, sem falar em prazos.

O secretário disse já estar definido que a receita com o pedágio para motos não ficará com as concessionárias que administram as rodovias. A ideia, disse, é usar os recursos arrecadados com a cobrança das motos para investir na segurança das vias.

O valor será a metade da tarifa paga pelos motoristas de veículos de passeio, caso seja mantida a metodologia aplicada nas concessões da Ayrton Senna-Carvalho Pinto --R$ 4,60 para carros e R$ 2,30 para motocicletas-- e no km 285 da Marechal Rondon.

A justificativa do governo é que as motos representam altos gastos no socorro mecânico e médico. "Em 95% dos acidentes com moto, há morto ou ferido", disse Arce. Esse argumento já vinha sendo usado por concessionárias para pressionar o governo a cobrar pedágio das motos.

A reportagem não conseguiu falar ontem com a ABCR, associação das concessionárias. O Sindicato dos Motoboys de São Paulo deve repassar o aumento aos usuários dos serviços de motofrete, segundo o presidente da entidade, Gilberto Almeida Santos.

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