Segurado aguarda resposta desde maio

O segurado José Xavier dos Santos, 55 anos, recebeu auxílio-doença durante 14 anos. Após o fim do benefício, voltou a contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na expectativa de conseguir se aposentar. Em novembro do ano passado, ele agendou o requerimento do benefício e, em maio, foi até a APS (Agência da Previdência Social) apresentar seus documentos, como carteiras e contratos de trabalho.

Até hoje, afirma Santos, não houve qualquer resposta ao pedido. "Eu trabalhei em umas seis empresas diferentes, nas áreas de fundição, e como auxiliar mecânico. Eu nem sei se eu tenho o tempo mínimo de contribuição porque o INSS não responde", explica o segurado, que está desempregado.

A preocupação dele é que o instituto não reconheça todos os seus períodos de contribuição e os anos em afastamento, quando recebia o auxílio-doença. "Se isso acontecer, eu ainda vou ter que recorrer, e vai demorar ainda mais para a aposentadoria sair. Isso é um absurdo", afirma. Santos explica ainda que, ao fazer o pedido, foi informado que o INSS não estaria aceitando o tempo especial, o que atrasaria ainda mais sua aposentadoria.

Resposta

O INSS informou, por meio de nota de sua assessoria de imprensa em São Paulo, que o pedido do segurado José Xavier dos Santos foi indeferido porque ele não completou o tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria, que é de 35 anos, para os homens.

O instituto diz que "as atividades descritas no perfil profissiográfico profissional e nos laudos técnicos não foram consideradas como especiais pela perícia médica do INSS".

O órgão reconhece apenas 34 anos e dois meses de pagamentos. Ele poderá recorrer à Junta de Recursos do INSS em até 30 dias, contados da data em que receber a carta.

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