Estado não entrega colírio para glaucoma

O contador João Antonio Agulled Ruiz, 63 anos, de Mirandópolis (zona sul), afirma que usa o colírio latanoprosta (Xalatan) para controle de glaucoma, mas reclama que, desde fevereiro, não recebe o medicamento da Farmácia de Alto Custo Maria Zélia. "Preciso utilizar o colírio nos dois olhos", conta ele.

Ruiz diz que foi pessoalmente à farmácia duas vezes no último mês. Porém, recebeu as mesmas respostas.

"Também tenho ligado constantemente, mas apenas dizem que não há previsão de entrega do colírio."

O leitor afirma que já entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde, mas, até o momento, não obteve resposta.

"Não aguento mais essa situação. Tanto eu quanto outros pacientes estamos sofrendo com isso, pois dependemos do medicamento", diz.

O contador afirma que cada caixa do colírio custa R$ 180 nas farmácias.

"Terei que comprar a partir deste mês, pois, como havia ficado sem colírio em outras ocasiões, também por falhas no abastecimento, comprei, mas, agora, acabou essa reserva. Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para solucionar o caso", afirma.

Secretaria de Estado da Saúde
Tel.: (11) 3066-8000

Caso pendente

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da coordenadoria de assistência farmacêutica, informa que o latanoprosta (Xalatan) está temporariamente indisponível em razão de um processo de compras em que nenhuma empresa quis vender o produto ao estado pelo preço compatível com a média do mercado.

O órgão diz ainda que isso obrigou a realização de um novo pregão, em razão da necessidade de se cumprir a Lei de Licitações e, agora, o produto está em fase de aquisição.