Jornaleiro espera resultado de recurso

O jornaleiro Marcelino Amado dos Santos Fagundes, 60 anos, tenta se aposentar desde fevereiro do ano passado.

Porém, não consegue porque diz que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não está reconhecendo corretamente um dos períodos em que trabalhou com carteira assinada.

Fagundes, que antes era marceneiro, afirma que, quando fez o pedido, o INSS reconheceu apenas 33 anos de trabalho, mas ele já tinha 35.

"Uma das empresas, que tenho registrada na carteira de 1981 a 1984, foi computada apenas como de 1981 a 1982", explica.

O jornaleiro diz que foi convocado pelo INSS para levar novamente os documentos, mas mesmo assim teve o benefício negado em outubro do ano passado.

Após a negativa, ele entrou com um recurso contra a decisão e, até o momento, aguarda uma resposta do instituto sobre o seu benefício.

Com 60 anos de idade e 35 de contribuição, o segurado pode, inclusive, se aposentar pela fórmula 85/95.

Fagundes afirma que, caso o INSS não reconheça o tempo, ele terá que pagar mais oito meses para conseguir o benefício por tempo de contribuição.

Porém, há a expectativa de que as regras mudem nesse intervalo, se a reforma da Previdência for aprovada.

"Isso não é justo. Eu trabalhei, contribuí e está registrado em carteira."

A assessoria de imprensa do INSS em São Paulo disse, em nota, que a aposentadoria de Fagundes foi concedida e que o segurado receberá em até 20 dias a carta de concessão em sua residência.

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