Mudança de impostos de Bolsonaro deve gerar rombo

A proposta de reforma tributária do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) vai provocar um rombo anual de R$ 27 bilhões, segundo o economista Sergio Gobetti.

Como a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite a redução de impostos sem compensações, o caminho mais provável para zerar as contas é por meio de corte de subsídios para empresas e de deduções no Imposto de Renda de Pessoa Física.

A proposta de reforma de Bolsonaro, feita pelos economistas Paulo Guedes e Marcos Cintra, está baseada em quatro pontos: 1. Isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 salários mínimos (R$ 4.770); 2. Adoção de alíquota única, de 20%, para as demais faixas de renda; 3. Tributação das empresas, que hoje vai de 24% a 34%, em 20%; 4. Aplicação da mesma alíquota de 20% para o pagamento de dividendos (o lucro distribuído para acionistas de empresas).

Resposta

O economista Marcos Cintra, que está detalhando a proposta tributária de Jair Bolsonaro junto com Paulo Guedes, diz que não haverá perdas de arrecadação.

"Não vai haver rombo. Ainda estamos trabalhando no modelo a ser apresentado".

Ele disse que não teve tempo de checar os dados obtidos pela reportagem.

Em 25 de setembro, à rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que não vi problemas com eventuais rombos.

"A União perderia arrecadação, sim, mas o gás que você daria para as empresas, para os comerciantes, produtores rurais, para empregar gente, desonerando a folha de pagamento, compensa e muito", disse.

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