Após 5 meses, inquérito de Alckmin chega à Promotoria

O inquérito que apura suposto caixa dois a Geraldo Alckmin (PSDB) delatado pela Odebrecht chegou ontem à promotoria eleitoral da capital paulista.

Os autos passaram cinco meses em um limbo jurídico.

Quando o tucano renunciou ao governo de São Paulo para disputar a Presidência, em abril, perdeu o foro especial. Desde então, o processo estava em trânsito.

Nesta quinta, o promotor da primeira zona eleitoral de São Paulo, Luiz Henrique Dal Poz, recebeu os autos com um pedido de compartilhamento.

O Ministério Público paulista pediu acesso aos documentos quando a Procuradoria-Geral da República, que tocava o caso no Superior Tribunal de Justiça enquanto Alckmin era governador, decidiu encaminhar o caso à esfera eleitoral.

Com a decisão, o tucano saiu da mira imediata da Operação Lava Jato. Dal Poz concordou com o compartilhamento e encaminhou à decisão da Justiça Eleitoral.

No inquérito, Alckmin confirma reunião com o ex-executivo da Odebrecht Carlos Armando Paschoal, que, em sua delação, afirmou ter repassado R$ 2 milhões em caixa dois ao tucano, em 2010.

Naquela eleição, ele disputou com sucesso o governo de SP.

A Odebrecht disse ainda ter repassado mais R$ 8 milhões a Alckmin na campanha em que se reelegeu governador, em 2014.

Resposta

O presidenciável nega ter recebido valores não declarados.

Alckmin diz que suas campanhas sempre foram feitas dentro da lei e de forma modesta.

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora, nesta sexta, 7 de setembro, nas bancas

• Assine o Agora