Propina bancou até escola de samba, afirma Lava Jato

Deflagrada ontem, a 31ª fase da Operação Lava Jato voltou a investigar desvios na Petrobras e elegeu como alvo principal o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira –que, segundo as investigações, distribuiu propina até para escola de samba.

Ferreira está preso desde o último dia 24, alvo da Operação Custo Brasil, que investiga desvios do Ministério do Planejamento.

Mesmo com o novo mandado de prisão preventiva, ele irá continuar detido em São Paulo.

Ferreira teria recebido R$ 1 milhão em propina do contrato de ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro, firmado em 2008 com um consórcio de empreiteiras.

Resposta

A defesa do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira não foi encontrada até a publicação desta reportagem.

Procuradas, empresas envolvidas na reforma do (Centro de Pesquisas da Petrobras) –Carioca Engenharia, OAS, Construcap, Ferreira Guedes e Construbase– informaram que não iriam se manifestar.

Por meio de nota, o grupo Schahin, que também fez parte do suposto cartel, declarou que "prosseguirá colaborando".

A Petrobras informou que há uma investigação interna para apurar "possíveis irregularidades" nos contratos de ampliação do Cenpes.

O presidente da Restinga, Robson Dias, admite que a escola recebeu R$ 45 mil em 2010, porém diz desconhecer a origem.

Segundo ele, a verba ajudou a custear os gastos de um grupo de 11 pessoas em missão à China, tema do o samba-enredo daquele ano.

A madrinha Viviane Rodrigues informou que não irá se manifestar.

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