Ex-ministro de Lula e Dilma é preso pela Polícia Federal

O ex-ministro Paulo Bernardo (PT-PR) foi preso ontem na Operação Custo Brasil, deflagrada da pela Polícia Federal de São Paulo.

A ação, que incluiu 11 prisões e 40 mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e outras cidades, é um desdobramento da Lava Jato.

Segundo a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal em São Paulo e da Receita Federal, Paulo Bernardo teria se beneficiado entre 2010 e 2015 de R$ 7 milhões desviados de contratos entre o Ministério do Planejamento e a empresa de tecnologia Consist.

Resposta

A defesa do ex-ministro Paulo Bernardo afirmou que não teve acesso à decisão que o levou à prisão, mas classificou o ato de ilegal e disse que o petista não se envolveu em irregularidades.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é mulher de Paulo Bernardo, disse que a operação foi realizada para desviar o foco da opinião pública "deste governo claramente envolvido em desvios", em alusão ao presidente interino Michel Temer.

"Prisão preventiva para prevenir o que?! Uma fuga? Um conluio? Qual risco representa ele?", questiona.

A advogada do ex-ministro Carlos Gabas, Danyelle Galvão, diz que seu cliente vai depor assim que a defesa tiver acesso ao processo.

Ele foi alvo de condução judicial.

O PT condenou a operação de busca e apreensão em sua sede nacional, no centro de São Paulo.

O partido disse que a operação foi "desnecessária" e "midiática" e se tratar de uma "tentativa renovada de criminalizar o PT".

A defesa de Guilherme Gonçalves afirmou que "os valores cobrados a Consist tinham suporte fático e jurídico e que nunca houve qualquer tipo de pagamentos ao ex-ministro Paulo Bernardo".

Os demais citados nas investigações não foram encontrados ou não quiseram falar.

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