Cunha será denunciado por suspeita de corrupção ao STF

A Procuradoria-Geral da República vai denunciar hoje ao Supremo Tribunal Federal o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato.

A apresentação da denúncia, que tornará o deputado do PMDB réu se for aceita pelo STF, tende a aumentar a temperatura da crise política.

Cunha, que rompeu com o governo Dilma Rousseff em julho, impôs aos petistas sucessivas derrotas em votações na Câmara desde o início do ano.

A Procuradoria também apresentará denúncia contra outros políticos, entre eles o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL), também por suspeita de corrupção.

Resposta

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem estar "tranquilo" e "sereno" com as denúncias que a PGR (Procuradoria-Geral da República) fará contra ele ao STF (Supremo Tribunal Federal) por envolvimento na Operação Lava Jato.

Cunha disse que só se manifestará após a denúncia ser feita. "Não vou comentar. Só vou comentar quando houver fatos. Suposições eu não comento.

Em recado a deputados críticos à sua atuação, o parlamentar negou qualquer intenção de se afastar do comando da Casa.

"Vou continuar exatamente no exercício para o qual fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno em relação a isso", afirmou.

A aliados, Cunha acusou o governo de costurar um "acordão" com a Procuradoria-Geral da República para prejudicá-lo na Operação Lava Jato e "salvar" quem interessa ao Palácio do Planalto.

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