Cunhada de ex-tesoureiro do PT tem prisão prorrogada

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, decidiu ontem prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro afastado do PT João Vaccari Neto e suspeita de ser um dos elos da lavagem de recursos provenientes de empreiteiras que prestavam serviços à Petrobras.

No despacho, o juiz afirma que Marice foi responsável por depósitos não identificados, em dinheiro, na conta da irmã, Giselda Rouse de Lima, mulher do dirigente petista.

De acordo com a Promotoria, tratava-se de uma "mesada de fonte ilícita".

A ligação com a entrada de dinheiro não identificado na conta da mulher de Vaccari foi comprovada, segundo o Ministério Público Federal, por dois vídeos enviados aos investigadores da Lava Jato pelo Banco Itaú Unibanco.

Resposta

Defensor de Marice Correa de Lima, o advogado Cláudio Gama Pimentel afirma que não é sua cliente que aparece nas imagens do banco.

"A pessoa que aparece nos vídeos não é a Marice, mas a própria Giselda, que é irmã dela. As duas são muito parecidas", disse o advogado.

As imagens foram cruciais para que o juiz Sergio Moro renovasse a prisão provisória.

Embora o Itaú não confirme, o juiz escreveu que "os vídeos apresentados não deixam margem para dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima".

"Teremos a chance de esclarecer todas as dúvidas", concluiu Pimentel.

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