CNJ apura se desembargador ajudou deputado tucano

O Conselho Nacional de Justiça apura se o desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, retardou por mais de três anos o andamento de uma ação penal contra o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa Barros Munhoz (PSDB) para beneficiar o tucano.

O desembargador foi relator de um processo no qual Munhoz é acusado de formação de quadrilha, fraude em licitação e omissão de informações ao Ministério Público em um suposto direcionamento de contrato quando foi prefeito de Itapira (SP), entre 1997 e 2004.

Todos os crimes prescreveram no período em que o processo esteve com Toledo.

"Ao longo de mais de três anos e quatro meses, não houve a prática de nenhum ato processual", a Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O desembargador Armando Toledo afirmou que não comentaria o caso "em respeito à hierarquia" porque ele está "em apreciação pela autoridade competente".

O deputado Barros Munhoz, disse, em nota, que respeita a independência entre os poderes e que conhece Toledo assim como dezenas de desembargadores.

O ex-presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, afirmou que arquivou processo contra Toledo porque não encontrou irregularidades.

Os ministros Francisco Falcão e Nancy Andrighi não se pronunciaram.

O CNJ não respondeu os pedidos de esclarecimento.

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