Barbosa adia aposentadoria para manter 46 funcionários

Brasília - Em uma manobra que gerou novo, e talvez o último, embate com seu sucessor na presidência do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa tenta manter 46 funcionários de seu gabinete em cargos de confiança e funções gratificadas mesmo após sua aposentadoria da Corte.

A tentativa é o motivo pelo qual Barbosa adiou pela segunda vez seu pedido de aposentadoria, segundo a reportagem apurou.

Ele anunciou sua saída da corte no fim de maio, 11 anos antes do limite legal.

Será sucedido por Ricardo Lewandowski, que, como revisor do processo do mensalão, relatado por Barbosa, tornou-se seu maior adversário durante o julgamento.

Resposta

Brasília - Em nota, Joaquim Barbosa disse que não irá comentar a "conversa confidencial" que manteve com Ricardo Lewandowski e que está fazendo tudo de acordo com as normas de transição e dentro nas "tradições da casa".

Disse ainda que as normas visam "conferir funcionalidade mínima desejável ao gabinete do ministro que ingressará".

Ele saiu de férias segunda e retorna fim do mês.

Entre os funcionários em questão estão sete assessores diretos, dos quais seis não têm vínculo com o STF.

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